ABSTRACT
Contexto: A tomografia computadorizada revolucionou os estudos radiológicos convencionais. Porém, tal avanço se deu associado com o aumento das doses de radiação ionizante. A tomografia computadorizada representa 15% de todos os exames de imagem e contribui com 75% de radiação para a população. Objetivo: Estimar a dose efetiva de radiação imprimida aos pacientes durante os exames de tomografia computadorizada. Desenho e local: Estudo retrospectivo e descritivo em instituição hospitalar de nível terciário no Rio de Janeiro. Métodos: Foram selecionados 1.476 pacientes que realizaram exames de tomografia computadorizada de crânio, tórax e abdome/pelve, sem contraste endovenoso, no serviço de radiodiagnóstico do hospital no período de 1 de janeiro a 31 de março de 2018 para os exames de tórax, e no período de 1 de janeiro a 28 de fevereiro de 2018 para os exames de crânio e de abdome/pelve. Os dados foram coletados a partir do Picture Archivingand Communication System (PACS) da instituição para avaliar a dose de radiação utilizada por cada tipo de exame, por meio do cálculo das doses efetivas médias em cada tipo de exame. Resultados: As médias das doses efetivas encontradas foram de 1,57 mSv, 8,37 mSv e 12,28 mSv para os exames de crânio, tórax e abdome/pelve, respectivamente. Conclusão: O estudo verificou que os exames de crânio e abdome/pelve foram realizados com as médias das doses efetivas dentro dos valores típicos preconizados, enquanto nos exames de tórax as doses efetivas estavam acima da faixa fornecida pela Associação Americana de Física Médica (American Association of Physicists in Medicine, AAPM) (relatório # 96).